Letrado ou Letrista?

Letrado ou Letrista?
Letrado ou Letrista?... Na verdade eu gostaria de ser os dois, mas como não sou nem um nem o outro, sou apenas uma Professora de Educação Infantil e uma poetisa, criei este blogeer para lhe apresentar o significado de alguns itens da nossa literatura. Conversar com você de forma prazerosa e até mesmo lúdica; aguçar a sua imaginação e, quem sabe extrair de você um sorriso e conquistar a sua amizade!...

sábado, 30 de maio de 2009

AMOR É PARA SEMPRE


Amor é para sempre


É dia, o sol vem raiando, o canto tristonho de um pássaro solitário veio me acordar.
Uirapuru com seu canto melodioso esquecendo as suas magoas, as minhas vem lembrar.
Gentil poeta da floresta me convida a despertar para com ele conjugar o verbo amor.
Entre lágrimas e suspiros tento apagar as lembranças de você, tento não viver por viver.
Não deve chora, ele põe-se a cantar, o sentido da vida é o Don de amar.
Imagens de você vêm me desafiar, lembranças de nós dois, do nosso jeito de amar.
O mundo parece girar em ondas tão fortes, como as ondas do mar

Juntinho de ti é o meu lugar, pensei ser assim, mas o destino quis nos separar.
Os meus pensamentos vagueiam por pontos estratégicos e particulares do seu corpo.
Sentimentos e desejos que nos embriagavam, delírios e fantasias de amor.
Em poucos instantes, alto o sol se fará o uirapuru não mais cantará.

Dos sonhos vividos procuro o que restou, nem mesmo rasto você deixou.
Os doces gemidos na hora do prazer são nada mais que lembranças que ficou de você.
Sussurro, palavras ditas em vão, pronuncia dos lábios e não do coração.

Saudade chega de mancinho, se apossando do meu peito e toma conta do meu coração.
A tristeza domina a minha mente, o uirapuru sente e novamente me convida a cantar.
Navego em barcos de papel, barcos que outrora me levavam ao céu.
Tristeza se espanta com canto, uirapuru vem dizer, mas não garante que me traz você.
Oh uirapuru amigo, meu consolador, canta para alegrar o meu peito e esquecer a dor.
Sabes o quanto sofro, pois já sofreste também, eis um solitário que a dor conhece bem.

Canta por mim e por ti, afoga essa dor que me mata, me traz alegria nessa hora ingrata.
Alcança essa dor no meu peito e a leva pra longe de mim, acalenta-me com o teu canto.
Rogo-te, ou uirapuru não me deixa só, tu que também sofres por amor.
Rompeste a barreira do medo, após chorar o teu pranto de dor e voaste pra longe.
Arrebata-me com o teu canto, empresta-me essa força tua, ensina-me a voar.
Não quero pensar em nada, não quero levar bagagem, tentarei não ter saudades.
Cantarei contigo, amigo uirapuru, porém não chorarei como também não choras tu.
Amor é para sempre guardado no coração, mesmo quando esse amor foi apenas ilusão.

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